60 por cento dos de periferia sem antecedentes criminais Já violência policial A cada quatro mortas pela policia, três são negras Nas brasileiras Apenas 2 por dos alunos são negros A cada quatro horas, um negro morre violentamente Em São quem fala é Primo Preto, mais um sobrevivente
(Mano Brown) Minha intenção é ruim... o lugar Eu tô em cima, eu tô afim... um dois pra Eu sou bem pior do que tá vendo O preto aqui não tem dó... é 100 por veneno A faz bum, a segunda faz tá Eu tenho uma e não vou falhar Meu estilo é e faz tremer o chão Minha palavra vale um tiro... eu muita munição Na queda ou na ascensão, minha atitude vai E tem pro mal e pro bem Talvez eu um sádico, um anjo, um mágico Juiz ou réu, um do céu Malandro ou otário, sanguinário Franco se for necessário Revolucionário, insano ou Antigo e moderno, Fronteira do céu com o imprevisível, como um ataque cardíaco no verso Violentamente pacífico, Vim pra sabotar seu Vim pra abalar seu sistema nervoso e Pra mim ainda é pouco... dá cachorro Numero um... dia da periferia Uni-duni-tê, eu pra você Um rap ou uma rajada de Pt E a profecia se fez previsto 1997 de Cristo A fúria negra ressuscita vez Racionais 4 versículo 3
(x2) no ar da puta, pá pá pá
(Ice Blue) Faz frio em Paulo... pra mim tá sempre bom Eu tô na rua de bombeta e Dim dim dom, rap é o som que emana do Opala E aí, o Guilherme Chama o Fader, o Dinho... e o Di Marquinho, o Éder, vamo aí Se os mano vem pela ordem tudo bem melhor Quem é quem no bilhar, no
(Mano Brown) dois mano, um acenou pra mim De jaco de cetim, de tênis, jeans
(Ice Blue) Ei Brown, sai fora, nem vai, nem vale a pena dar idéia nesse tipo aí Ontem à noite eu vi na beira do Tragando a morte, a vida pro alto Ó os cara só o pó... e osso No do poço, mó flagrante no bolso
(Mano Brown) Veja bem, ninguém é mais que Veja bem, bem, e eles são nossos irmãos também
(Ice Blue) Mar de cocaína e crack, uísque e Os mano morre rapidinho sem lugar de
(Mano Brown) Mas sou eu pra falar de quem cheira ou quem fuma? Nem dá... nunca te dei nenhuma Você fuma o que vem... o nariz Bebe o que vê... faça o diabo feliz Você vai terminar o outro mano lá Que era um preto tipo A... ninguém tava Mó estilo de calça Calvin Klein, tênis Um jeito de ser no trampo e no rolê um funk, jogava uma bola Buscava a dele no portão da escola Exemplo pra nóis... mó moral, mó Mas começou a colar com os branquinho do Ai já era... Ih, mano, outra vida, pique Só de elite, balada, vários drinques Puta de butique, toda porra sem limite, Sodoma e Gomorra Hãn, faz uns anos Tem uns quinze dias eu vi o mano Cê tem que ver... pedindo cigarro pros no ponto Dente tudo zuado, sem nenhum conto O cara cheira mal, as tias medo Muito louco de sei lá o que cedo Agora não oferece perigo Viciado, doente, fudido... Um dia um Pm negro embaçar E pra eu me pôr no meu lugar Eu vejo um nessas condições, não dá Será que eu deveria estar? Irmão, o demônio fode tudo ao seu rádio, jornal, revista e outdoor Te oferece dinheiro, conversa com Contamina seu caráter, rouba sua Depois te joga na merda um preto tipo A num neguinho Minha alivia sua dor Ilumina minha alma, seja o meu senhor Que não deixa o mano desandar E nem senta o dedo em nenhum Mas que nenhum filha da ignore a minha lei capítulo 4 versículo 3
(x2) no ar da puta, pá pá pá
(Edi Rock) Quatro minutos se passaram e viu O monstro que em algum lugar do Brasil Talvez o mano que trampa do carro sujo de óleo Que enquadra o carro forte na febre com o nos olhos O mano que entrega o dia inteiro no sol Ou o que vende chocolate de farol em Talvez o cara que defende o no tribunal Ou o que procura vida na condicional Alguém no de madeira, lendo à luz de vela Ouvindo rádio velho, no fundo de uma Ou o da família real de como eu sou Um príncipe guerreiro que o gol
(Mano Brown) E eu mudo, mas eu não me iludo Os mano cu de têm, eu sei de tudo Em troca de dinheiro e um bom Tem mano que rebola e usa batom Vários patrícios falam pra todo mundo rir Haha, pra ver aplaudir É, na sua área tem fulano pior Cada um, cada um... você se só Tem que te aponta uma pistola e fala sério Explode sua por um toca-fita velho Click plau plau plau e Sem dó e sem dor, sua cor o sangue com a camisa e manda se fuder Você sabe por que, pra vai, pra quê Vai de bar em bar, de esquina em cinquenta conto, troca por cocaína E fim o filme acabou pra A bala não é de festim, aqui tem dublê Para os mano da fluminense à Ceilândia Eu sei, as ruas não como a Disneylândia De ao extremo sul de Santo Amaro Ser um preto tipo A custa É foda... Foda é a propaganda e ver Não dá pra ter pra você Playboy forgado de brinco, um Roubado dentro do na Avenida Rebouças Correntinha das moça, as de bolsa Dinheiro... não tive pai não sou Se eu fosse cara que se humilha no sinal Por menos de um real, minha era pouca Mas se eu fosse aquele muleque de Que engatilha e enfia o cano da sua boca De quebrada, sem roupa, você e sua Um dois, nem me viu... já na neblina Mas não... vivo, prossigo a mística Vinte e sete anos contrariando a Seu comercial de Tv não me Eu preciso de status nem fama Seu e sua grana já não me seduz E nem a sua de olhos azuis Eu sou apenas um latino americano Apoiado por de cinquenta mil manos Efeito colateral que o seu fez Racionais capítulo 4 3