Luyện nghe bài hát O Cachimbo Da Paz

A toma conta da cidade
A sociedade põe a culpa nas
Um oficial viajou pro Pantanal
aqui a violência tá demais
E lá um velho índio que usava um fio dental
E um cachimbo da paz
O presidente deu um tapa no
E na de voltar pra capital, ficou com preguiça
Trocou seu paletó pelo fio
E nomeou o índio pra ministro da justiça
E o novo ministro, chegando na
aquela tribo violenta demais
Viu que todo cara-pálida atrás das grades
E a TV e os jornais
E disse: "Índio trazendo novidade
Índio trouxe o da paz"

Maresia, a maresia
Maresia, uh

Maresia, sente a
Maresia, uh

a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do pra cachola
Acende, puxa, prende,
Índio quer cachimbo, quer fazer fumaça

Todo experimenta o cachimbo da floresta
Dizem que é do bom, dizem que não
Querem proibir, liberar
E a polêmica chegou até o
Tudo deve ser pra evitar a concorrência
Porque não é Hollywood, mas é o
O cachimbo da paz deixou o mais tranquilo
Mas o fumo acabou porque só oitenta quilos
E o povo aplaudiu quando o índio pra selva
E prometeu voltar com uma
Só que ele voltou, "sujou"
A polícia preparou uma cilada
"O da paz foi proibido
Entra na caçamba, vagabundo, pra DP
Êêê, tá fodido porque lá a lapa vai comer"

Maresia, a maresia
Maresia, uh

Maresia, a maresia
Maresia, uh

Apaga a do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra
Acende, puxa, prende,
Índio quer cachimbo, índio fazer fumaça

Na delegacia só tinha viciado e
um com um vício e um caso diferente
Um cachaceiro o dono do bar
Porque ele não vendia pinga
E um senhor uísque demais
Acordou com um travesti e o coitado
Um no jogo apostou a mulher
Perdeu a aposta e ela foi
Era tanta ocorrência, tanta
Que o índio não tava nada
Ele viu que o delegado fumava um fedorento
E acendeu um "da paz" pra
Mas foi dar um tapinha
Levou um violento e um chute naquele lugar
Foi mandado pro presídio e no
um acidente provocado por excesso de cerveja
Uma que bebeu demais
Atropelou um padre e os noivos na da igreja
E pro índio mais faz sentido
Com tantas drogas por que só o seu cachimbo é

Maresia, sente a
Maresia, uh

Maresia, a maresia
Maresia, uh

a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do pra cachola
Acende, puxa, prende,
Índio quer cachimbo, quer fazer fumaça

Na o "índio fora da lei"
Conheceu os de verdade
Entrando, e voltando
Cada vez perigosos pra sociedade
"Aí, cumpádi, tá rolando um na prisão
Pra a superlotação"
Todo mês presos tem que ser executados
E o índio, dessa vez, foi um dos
E acalmar os outros presos
"Peraí, vamo fumar um da paz"
Eles a rir e espancaram o velho índio
Até não poder mais e antes de morrer ele
"Essa é atrasada demais
Eles querem com a violência
Mas a paz é contra a lei e a lei é a paz"
E o cachimbo do índio proibido
Mas se você quer comprar é fácil que pão
Hoje em dia ele é vendido pelos bandidos
Que mataram o velho na prisão

Maresia, a maresia
Maresia, uh

Maresia, sente a
Maresia, uh

Apaga a do revólver, da pistola
a fumaça do cachimbo pra cachola
Acende, puxa, prende,
Índio quer cachimbo, índio quer fazer