Confição

Pelas voltas que ele der
Veio sempre aqui parar
Contando as saudades, largadas em vão
Em teu redor

Pelas vezes que ele bateu bateu
Pelas vezes que chorou
Contando os dias, as horas sem fim
E que parou

Meu coração é a razão do navegar
É o infinito do meu pensar o teu olhar

Pelas voltas que ele der
Vou ficando até poder
Sonhando do alto, da serra da alma
Que o houver

Pela voz que ele falar
Não o vou mandar calar
Sabendo que eu sofro, por vezes melhor
É o afundar

Meu coração é a razão do navegar
É o infinito do meu pensar o teu olhar

No meio do mar, são lágrimas do meu pensar
São lágrimas do teu olhar